quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Quando começa a vida para você?

Essa é uma das grandes discussões que acredito que deva ser rapidamente resolvida, determinada. É uma discussão em que sua visão dificilmente será modificada, pois envolve suas crenças. Já pensei inúmeras vezes sobre o assunto, tenho uma opinião, mas esta não é definitiva e pontual. Acredito que várias outras pessoas se sentem desta forma com relação a isso, por isso insisto nesta grande discussão. Falam que a vida começa com a fecundação, ou com sua implantação no útero, ou com a formação do coração, ou mesmo com a formação do sistema nervoso, ou somente quando o feto nasce.
Eu vejo a vida dessa forma: quando falamos que uma pessoa morreu, por parada cardíaca, seu coração não bate mais, e um embrião, que um coração ainda nem possui, ele estaria vivo? E quando o indivíduo sofre morte cerebral, ele estará morto com seu corpo funcionando. Poderíamos falar que um embrião teria vida se ele ainda não possui um sistema nervoso formado? Será então que ele precisa ter ambos os sistemas (cardíaco e nervoso) formados para estar vivo? Seria errôneo eu impedir o desenvolvimento dele, já que ainda não está vivo? A partir daí que vem meu pensamento, a vida só iria começar deste ponto, antes disso acredito que seria uma massa de células em desenvolvimento que poderia vir a ser uma vida. Nesta minha concepção, antes dessa data, não haveria problema algum em retirar esta massa de células, pois não seria aborto.
Se pensarmos que retirando a massa de células estaríamos impedindo a formação de uma vida certa para se formar ainda assim estaríamos cometendo um ato incorreto, ao meu ver. Neste contexto eu poderia colocar tanto o anticoncepcional, a pílula do dia seguinte e outros métodos contraceptivos no limbo: o primeiro impede a fixação do zigoto na parede uterina ou atrasa a liberação do óvulo para não ser fecundado, o segundo, impede a ovulação, e o terceiro impede que os espermatozóides de chegar ao óvulo. Todos impedem que vidas sejam formadas, claro que você não tem consciência que poderia ter engravidado ou que matou as células que poderiam formar o embrião, mas de qualquer forma, se está utilizando meios para prevenir a gravidez.
Se aceitarmos a minha visão e formos contra a retirada da massa de células que certamente virará o embrião, sugiro que seja feita uma lei que proíba o impedimento por meio de formas não naturais o desenvolvimento de uma vida estaria certa de se formar. Mas acredito que não deveríamos fazer isso, decisão que foi tomada por outro assunto além do escrito acima, mas sim por causa da questão da saúde pública que será falada em outro post com mais detalhes.
Estou dando o meu mais sincero ponto de vista, sei que muitos outros discordarão de mim, mas por esse post gostaria que pensássemos os vários pontos que cada um possui sobre o assunto e aceitar, não precisa concordar, mas abrir a mente para que possamos assimilar e ver as diferentes possibilidades. O que eu mais espero desse assunto é que esta discussão se de um ponto final para que outros assuntos (como o do aborto) sejam esclarecidos. 

Fernanda de Lima Ramos

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