sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O aborto legalizado

Em alguns países do mundo, o aborto é legalizado e é interessante perceber a variedade desses países. Isso não ocorreu apenas nos países desenvolvidos ou nos subdesenvolvidos, e muito menos apenas nos países com governos religiosos ou laicos. Embora cada um tenha seus motivos, é claro, essa distribuição parece ser bem variada.
Vários argumentos formam a base de uma ação como essa. Um dos principais, que concerne à saúde pública, é o elevado número de mortes maternas quando o aborto é ilegal, pois as mulheres recorrem a abortos clandestinos. É estimado que, no mundo, ocorrem 40 milhões de abortos por anos. Desses, metade é clandestino.
Entretanto, o medo que rondeia a legalização do aborto é que acredita-se que caso legalizado, seria utilizado como um método contraceptivo comum. Ou seja, não haveria uma preocupação com relações sexuais seguras uma vez que poderia-se sempre recorrer ao aborto.
Mas será que isso é verdade??
Uma parlamentar da Holanda diz que em seu país não. De acordo com ela, desde a legalização da prática, houve um decréscimo de casos de aborto, que passaram a representar muito menos perigo à vida da mulher, chegando à menor taxa de aborto da União Européia.
Esse também é o argumento lançado por uma pesquisa do Instituto Guttmatcher. De acordo com eles, uma análise global leva a perceber que nos países em que houve a legalização, a taxa de abortos caiu muito mais do que nos que não houve.
Entretanto, mesmos as pesquisas apontam para visões contrárias. Um outro estudo realizado por uma pesquisadora também do Instituto Guttmatcher em associação com pesquisadores da OMS mostrou que não houve redução na taxa de aborto quando a prática era legalizada.
Um fato é certo. A legalização, por questões óbvias, evita a clandestinidade. Isso é de alta importância pois uma das grandes causas de morte materna (no Brasil ocupando até o terceiro lugar) é a prática do aborto clandestino. Assim, com a legalização, iria se garantir que todas as mulheres tivessem acesso igual e seguro à prática.
Em minha opinião, uma política de legalização do aborto não deve andar sozinha. Junto com ela, deve haver uma forte campanha de conscientização acerca do sexo seguro e de métodos contraceptivos, além do amparo psicológico e médico às mulheres que se propõem ao aborto.

Nathalia M. de Vasconcelos

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,proibicao-ou-liberacao-nao-altera-taxa-de-abortos-diz-estudo,63901,0.htm

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Quando a religião influe nas nossas vidas

Cada religião tem um forma de ver a questão sobre o aborto. As Igrejas tem poder sobre a forma de pensar de milhares de pessoas , e muitas dessas pessoas não são as verdadeiras interessadas no assunto, a mulher.Além disso líderes de vários países recorrem a religião para justificar sua oposição ao tema. A Igreja Católica por exemplo, que tem forte influência sobre todo o mundo e principalmente na América Latina na oposição ao abortoática do aborto
Eu pesquisei sobre algumas religiões e comentarei a posição de algumas sobre o aborto.
O Cristianismo
Dentro do cristianismo surgem diversas posturas a respeito. O Vaticano proíbe absolutamente o aborto porém muitos países predominantemente católicos tem adotado uma legislação que privilegia os direitos das mulheres a saúde e de tomar suas próprias decisões como por exemplo Bélgica e Itália permitem o aborto. A polônia possui algumas restriçoes ao aborto apesar a forte influência da igreja Católica.
O Islamismo
O islã tem divergencias sobre o aborto, Que vão desde permiti-lo até proibi-lo absolutamente.Essas divergências se baseiam nas diferentes interpretações de quando inicia-se a vida, quando se tem alma.Quando o feto adquire alma fica proibído a prática.O Irã optou por autorizar o aborto em caso de malformações, já países como Tunísia e Turquía optaram pelo bem estar da mulher e legalizaram. Os majoritariamente mulcumanos só autorizam quando é para salvar a vida da mulher.
O Budismo
O budismo apoia a liberdade das mulheres por optar pelo aborto em algumas circunstâncias.Por exemplo em casos de risco de vida da mulher, ou em casos de estupro.A flexibilidade do budismo influencia o Camboja e a Tailândia países onde esta é a religião oficial.O Camboja permite o aborto caso o feto tenha até 14 semanas. Na tailândia em casos de risco a saúde da mulher e estupro. O Japão predominantemente budista o aborto é legalizado
O Judaísmo
No judaísmo o fator central também é o bem estar da mulher.A legalização do aborto tem se baseado nesse aspecto. Israel permite o aborto em algumas razões: quando a gravidez ameace a saude física e mental da mulher, quando a mulher tem menos de 17 anos ou maior de 40, em caso de estupros, incesto ou má formações.
Fazendo essa pesquisa eu pude perceber que realmente as correntes religiosas influênciam muito a legislação nos países e a forma de pensar de muitas pessoas.Eu sou católica, e venho de família católica, eu sou a favor do aborto porque o Brasil é um país onde muitas meninas e mulheres morrem por o fazerem de forma ilegal. Lógico que é necessário respeitar a forma de pensar de cada pessoa, mas eu imagino que se eu fosse contra o aborto eu não me submetiria a ele mesmo se este fosse legalizado. Já as pessoas favoráveis poderiam fazê-lo.

Amanda de Oliveira Poty - Medicina - UnB
Complementando o post sobre células tronco, sábado eu fui a um work-shop sobre relação médico paciente. Uma das palestrantes, professora de psicologia, foi para relatar seu drama em ter esclerose multipla. Ela contou que seu  maior sonho sempre foi engravidar, e que passou anos tentando. Depois de 3...4 anos tentando engravidar e tendo vários abortos espontâneos, ela finalmente conseguiu a tão sonhada gravidez e teve o esperado filho. Nos anos seguintes ela descobriu que tinha esclerose múltipla.De forma simplificada, a esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica do sistema nervoso central que afeta o cérebro e a medula espinhal e que interfere na capacidade do cérebro e da medula espinhal para controlar funções, como caminhar, enxergar, falar, urinar e outras.
A professora relatou muita tristeza ao pensar, que seu filho iria ve-la morrendo de forma tão horrivel, e que ela não poderia ve-lo crescer. Que depois de anos tentando engravidar quando ela finalmente consegue, descobre isso.Ah não comentei, mas a esclerose multipla é uma doença SEM cura , só existem tratamentos para menenizar o progresso.
Pra mim foi muito triste escutar todo o relato e pensar que existe uma lei que proibe o uso do embriões para pesquisas. Eu vi que das duas formas, legalizando a pesquisa e não legalizando, estamos tirando vidas.


Amanda de Oliveira Poty - Medicina - UnB

sábado, 22 de janeiro de 2011

Aborto e sociedade

De acordo com a constituição brasileira, o aborto, salvos os casos de estupro e risco de vida da mulher, é uma prática ilegal, sendo as mulheres que realizarem a prática estando sujeitas a cumprirem até três anos de prisão. O objetivo deste post é exatamente discutir se tal regra é de fato plena.
A ilegalidade do aborto torna complicada a existência de pesquisas específicas sobre a freqüência com que essa prática ocorre, e as mulheres se sentem inibidas em relatar a prática, tanto por ser um crime, tanto pelas sanções sociais que ela implica. Em um estudo feito em São Paulo, chegou-se à estimativa de que 80% e 88% das mulheres entrevistadas omitiram ter realizado o aborto.
Diversas técnicas utilizadas tentam, então, contornar o problema. Nesse sentido, uma pesquisa recente, de 2010, realizada por um grupo de pesquisadores da Universidade de Brasília, realizou a Pesquisa Nacional do Aborto em que utilizou-se uma metodologia na qual a entrevistada não poderia ser correlacionada com suas respostas. Tal método pretendia minimizar os casos de não resposta.
Os dados da PNA foram de certa forma alarmantes. Das 2002 mulheres entrevistadas, foi constatado que 15% delas já realizaram algum aborto na vida. Além disso, mostrou-se que, ao fim da vida reprodutiva, cerca de uma em cada cinco mulheres já realizaram o aborto.  Considerando que a pesquisa só envolveu mulheres do centro urbano, alfabetizadas e com idades entre 29 e 39 anos e que o questionário abordava apenas a prática do aborto, sem caracterizar quantos foram feitos, o número de abortos realizados no Brasil devem ser bem maiores.
Mas quais as implicações dessa pesquisa?
A meu ver, as leis de um país ou sociedade devem, primeiramente, primar pelo bem das pessoas que o integram. E isso parece bem intuitivo. Mas como saber o que é o bem para as pessoas? Imaginamos sempre o sentido contrário das coisas: o judiciário rege nossas vidas. Mas quem fez e hoje compõe o judiciário e os outros poderes? Não seriam nada mais nada menos do que nós mesmos, a população brasileira? Nesse sentido, uma lei deveria ser uma regra, mantida pelo estado, e que pretende defender o que as pessoas daquele estado consideram certo.
Pois bem, mas e no caso do aborto? Sabendo que as mulheres compõem pouco mais da metade da população brasileira e que, dentre essas mesmas mulheres, até mais de 1/5 delas algum dia farão um aborto, parece mesmo que a visão geral é de que o aborto deveria ser algo proibido? Considere ainda todas as pessoas que são a favor do aborto, mas que nunca chegarão a fazer (no caso de homens, por exemplo). Tais pessoas também contam para a opinião geral. Assim, soa que essa lei realmente corresponde ao que a população brasileira pensa sobre o assunto? Será que ao menos discussões sobre a possibilidade do aborto não deveriam ocorrer?
É importante frisar o termo possibilidade, pois ele tem toda relação com a discussão. Uma lei proibitiva impõe uma proibição, na forma de pena, de realizar um ato. Nesse caso, sendo a favor ou contra o aborto, não importa: é proibido fazê-lo. Mas e uma lei permissiva? Já ela não obrigada ninguém a nada. Apenas abre a possibilidade. No caso do aborto, uma lei desse tipo não obrigaria pessoas contrárias à prática a realizarem o aborto. Apenas garantiria o direito daquelas que acreditam nisso, o que a mim, nesse caso, soa justo.

E aí? Vale a pena discutirmos?

Nathalia M. de Vasconcelos

Referências:
Diniz, D.; Medeiros, M. Aborto no Brasil: uma pesquisa domiciliar com técnica de urna. Ciência Saúde Coletiva, 15: 959 - 966, 2010.
Menezes, G.; Aquino, E. M. L.; Pesquisa sobre o aborto no Brasil: avanços e desafios para o campo da saúde coletiva. Cad. Saúde Pública, 25: S193-S204, 2009.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Células tronco, vida e espera

Eu creio que a discurssão mais importante no avanço da biotecnologia seja o uso de embriões em pesquisas. As famosas pesquisas usando células tronco.


Elas se originam da fusão de um óvulo e um espermatozoide, essa primeira célula formada tem em seu núcleo o DNA com toda a informação genética para gerar um novo ser e se diferenciar em todas as células de todos os tecidos do corpo, isso torna as células tronco tão especiais.


A grande polêmica em torno dessa tecnologia é o uso de embriões. Para os cientista a melhor época para ser usado o embrião é na fase  de morula ou blástula,  essas são as primeiras fases do desenvolvimento embrionário, quanto mais tarde, mais desenvolvidas estão essas células.
As pessoas que defendem o não uso de células tronco na maioria das vezes tem o argumento de que  estariamos "cometendo assasinato" porque esses embriões são vidas. Alguns fazem a comparação com o mito de prometheus que roubou o fogo sagrado e depois foi castigado, igualmente nós estariamos tentando roubar o poder divino de criar a vida.


Na minha opnião o uso de células tronco embrionárias é algo de extrema importância para a cura de muitas doenças como Alzheimer , derrames, diabetes , Parkinson, doenças cardíacas, queimaduras.....entre outras. Muitas pessoas sofrem todos os dias com essas doenças e muitos morrem esperando a cura. Se fosse legalizado o uso, provavelmente as pesquisas avançariam mais rápido e evitariamos os laboratórios de fundo de quintal.

Somente as pessoas quem tem um familiar ou um ente querido nessa situação, sabem o sofremento de ve-los morrendo aos poucos, sofrendo com doenças degenerativas, perdendo as lembranças da vida em algum lugar da mente. Será que realmente isso é preciso? Será que liberando essa técnica vamos estar fazendo tanto mal assim? Eu acho que não.A parte mais dura é saber que todos os anos são descartados embriões nas clínicas de fertilização porque esses passam a ser inviáveis.

As pesquisas já avançaram bastante mesmo com muitas limitações, entre os avanços está o grupo da UFRJ do professor Radovan Borojevic que usa células tronco para obtenção de tecidos, ossos, pele, cartilagem, onde esses são cultivados e reimplantados em pacientes.

 Quando realmente começa a vida? Será que realmante há vida nos primeiros estágios embrionários?Será que essa futura vida vale a vida de milhões de pessoas que já tem família, filhos?

Amanda de Oliveira Poty - Medicina -UnB

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Quando começa a vida para você?

Essa é uma das grandes discussões que acredito que deva ser rapidamente resolvida, determinada. É uma discussão em que sua visão dificilmente será modificada, pois envolve suas crenças. Já pensei inúmeras vezes sobre o assunto, tenho uma opinião, mas esta não é definitiva e pontual. Acredito que várias outras pessoas se sentem desta forma com relação a isso, por isso insisto nesta grande discussão. Falam que a vida começa com a fecundação, ou com sua implantação no útero, ou com a formação do coração, ou mesmo com a formação do sistema nervoso, ou somente quando o feto nasce.
Eu vejo a vida dessa forma: quando falamos que uma pessoa morreu, por parada cardíaca, seu coração não bate mais, e um embrião, que um coração ainda nem possui, ele estaria vivo? E quando o indivíduo sofre morte cerebral, ele estará morto com seu corpo funcionando. Poderíamos falar que um embrião teria vida se ele ainda não possui um sistema nervoso formado? Será então que ele precisa ter ambos os sistemas (cardíaco e nervoso) formados para estar vivo? Seria errôneo eu impedir o desenvolvimento dele, já que ainda não está vivo? A partir daí que vem meu pensamento, a vida só iria começar deste ponto, antes disso acredito que seria uma massa de células em desenvolvimento que poderia vir a ser uma vida. Nesta minha concepção, antes dessa data, não haveria problema algum em retirar esta massa de células, pois não seria aborto.
Se pensarmos que retirando a massa de células estaríamos impedindo a formação de uma vida certa para se formar ainda assim estaríamos cometendo um ato incorreto, ao meu ver. Neste contexto eu poderia colocar tanto o anticoncepcional, a pílula do dia seguinte e outros métodos contraceptivos no limbo: o primeiro impede a fixação do zigoto na parede uterina ou atrasa a liberação do óvulo para não ser fecundado, o segundo, impede a ovulação, e o terceiro impede que os espermatozóides de chegar ao óvulo. Todos impedem que vidas sejam formadas, claro que você não tem consciência que poderia ter engravidado ou que matou as células que poderiam formar o embrião, mas de qualquer forma, se está utilizando meios para prevenir a gravidez.
Se aceitarmos a minha visão e formos contra a retirada da massa de células que certamente virará o embrião, sugiro que seja feita uma lei que proíba o impedimento por meio de formas não naturais o desenvolvimento de uma vida estaria certa de se formar. Mas acredito que não deveríamos fazer isso, decisão que foi tomada por outro assunto além do escrito acima, mas sim por causa da questão da saúde pública que será falada em outro post com mais detalhes.
Estou dando o meu mais sincero ponto de vista, sei que muitos outros discordarão de mim, mas por esse post gostaria que pensássemos os vários pontos que cada um possui sobre o assunto e aceitar, não precisa concordar, mas abrir a mente para que possamos assimilar e ver as diferentes possibilidades. O que eu mais espero desse assunto é que esta discussão se de um ponto final para que outros assuntos (como o do aborto) sejam esclarecidos. 

Fernanda de Lima Ramos

THX1138 (George Lucas, 1971)

O filme THX1138 ocorre num mundo subterrâneo onde sua época não se sabe. A população é controlada por drogas, nos quais todos ficam letárgicos. Observamos uma rede na qual é governada por um sistema dominado por regras de condutas inflexíveis, sendo que todos os indivíduos são intermitentemente monitorados por câmeras de vigilância e afetos são proibidos. As forças policiais exercem uma ação repressiva e fiscalizadora, dissuadindo quaisquer comportamentos que saem do padrão. Observamos inúmeras criticas ao modo em que vivemos e nos mostra a quebra de uma dos direitos da vida que possuímos, a liberdade. Será que o que vivemos é tão diferente deste filme? Pelo que observo não somos tão diferentes assim, claro que não tão extremos e intensos, mas no fundo, para você se introduzir na sociedade, ser um cidadão, é necessário abrir mão de parte de sua liberdade. Na sociedade temos regras sociais a seguir, sermos éticos e estarmos de acordo com a lei. Nós vivemos em um mundo no qual se você é diferente, fora do padrão, você se torna um excluído e isso nos dá medo de nos arriscarmos a fazer qualquer coisa diferente do normal.
Como vemos no filme LUH 3417, a companheira de THX1138, consegue perceber o que as drogas que eles estão tomando causam e, então, decide parar de tomá-las. Consegue, assim, ter sentimentos e outras sensações que nunca teve, trocando também as drogas que THX1138 por placebos.  Vemos que ela possuiu um pensamento diferente, iniciativa, tem a necessidade de descobrir o que existe no mundo além do seu trabalho e tentar mudar isso. Assim, THX1138 passar a sentir as mesmas sensações que LUH 3417 e juntos planejam sair do subterrâneo. Poucos de nós teriam a coragem de ir contra as leis locais e entrar em grandes problemas para seguir uma idéia, e por causa de seus feitos foram presos, não por tentativa de fuga, mas por terem relações sexuais e não tomarem os medicamentos, atos não autorizados. A prisão em que THX foi deixado, era um imenso local branco, sem portas e janelas visíveis, porém de fácil saída, pois acredito que ter iniciativa de enfrentar o governo era quase impossível neste ambiente. Achando a saída, foge e no meio da fuga descobre que LUH3417, separada dele desde a prisão foi eliminada e então começa sua fuga para sair do mundo subterrâneo. THX só consegue sair depois de o valor dos guardas impedirem-no é mais alto do que o orçamento prévio dado pelo governo, não valendo mais apena tentar capturá-lo.
Observo no filme o mundo comandado pelo governo que possui o controle de todos os indivíduos, deixando-as letárgicas e sem alguma forma, de consciência, ou pensamento, como se fossem máquinas. Quando me vejo tendo que trabalhar 35 anos para posteriormente tirar minha aposentadoria, já estando velho para aproveitar viagens, família e amigos, penso que nós somos um pouco deste jeito. Se você não fizer isso, não terá dinheiro para viver decentemente, será mais uma vez, um excluído.  Ao ter iniciativa, arriscar, podemos ganhar dinheiro para a vida inteira ou ficar muito pobre, acho que é o mesmo pensamento do THX e da LUH: não se sabe o que pode acontecer ali na frente, mas é melhor do que ficar se remoendo no mesmo lugar pensando no que poderia acontecer se tivesse tomado a iniciativa. Mas uma coisa é, você só toma uma iniciativa quando percebe que você merece mais do que aquilo que tem, se está bem com sua vida, porque iria querer modificá-la? Até onde eu pretendo chegar na minha carreira e na minha vida pessoal? Acredito que eu não saiba ainda, as visões vão mudando ao longo do tempo, mas o que sei é que não quero continuar aonde eu estou, e sei também que para isso não posso ficar parada. THX1138 conseguiu sair do subterrâneo, e você, vai sair também?

Fernanda de Lima Ramos